[Review] SPN 9x08 - "Rock and a Hard Place"

Episódios fillers são engraçados, bons para passar o tempo ou aliviar a tensão, mas quando a quantidade deles ultrapassa os que tem a ver com o arco principal da temporada, acho um exagero. O Hiatus está chegando e nada foi resolvido: Sam continua possuído por Zeke e sem sinal de melhora, Abaddon e os Anjos estão fazendo sabe-se lá o que com o tempo livre e Crowley está preso sem divulgar informações. Ah, e não se esqueça do pobre Castiel que foi abandonado pela segunda vez a não muito tempo.

Alguns episódios como o da semana passada são um enchimento para a temporada, mas ao mesmo tempo nos esclarece sobre questões passadas e nos dá perspectivas novas sobre um personagem, mas tem outros, como o dessa semana que mais parece com um conjunto de situações improvaveis postas juntas para o bem de um enredo criado só para fazer você rir e não se importa em manter os personagens críveis.

Não temos notícias de Abaddon desde I am no Angel, depois de sua breve aparição, que decido não contar realmente. Sendo assim a última vez que realmente vimos Abaddon em ação foi em Devil May Care.

Outros de quem não temos notícias são os anjos. Eles estavam organizando um plano bem elaborado utilizando a televisão e o reverendo para conseguir Cascas e mesmo assim nada se diz sobre eles.

Ao invés de nos focar no que realmente importa, é melhor explorar comicamente o Dean colocando ele para falar com cachorros ou colocar ele para fazer parte de um grupo de castidade, porque isso faz muito mais sentindo.

O roteiro me pareceu fraco, assim como o vilão. Uma Deusa Romana que está puta da vida com os fiéis que não a estão venerando mais e que resolve se vingar por isso. Soa familiar para você também? Dez pontos para Grifinória pela originalidade.   

Mercúrio, Cronos e até mesmo Zeus estão mortos e eles acharam mesmo que eu iria me importar com o chilique de uma Deusa como Vesta?

Foi tudo um caso de Vamos fazer um epsiódio em que o Dean entra em um grupo de castidade (porque isso vai ser hilário) e no caminho nós colocamos mitologia, porque, afinal, isso é uma série chamada Sobrenatural.

Como se não bastasse, a forma como a Jenny Klein caracterizou a personalidade do Dean foi totalmente erronea. Desde quando o Dean coloca sexo em primeiro lugar e não se importa em atender propriamente um telefonema que pode ter informações que possam salvar vidas? Isso faz parecer que o Dean é só um mulherengo crônico que está disposto a colocar um rabo de saia acima do trabalho dele. Pensei que a primeira parte do lema da família fosse Salvar pessoas, afinal.

A caracterização de Suzy também deixou a desejar. Em um segundo ela é a garota que deixou a indústria pornô e está procurando uma maneira de viver a vida através dos ensinamentos de Deus. Alguém que fez voto de castidade e que se esconde do tempo de atriz. E no outro instante ela está se agarrando com um cara qualquer que ela conhece a menos de um dia. É um giro de 360º na personalidade.

As únicas coisas que se salvaram foi o aparecimento de Jodi e a cena final. Jodi é uma das personagens queridinhas do público e foi bom ver ela trabalhando junto com o Sam. Ele não tem muitos amigos, então é bom ver que ele tem mais alguém fora da familia com quem ele possa contar.

Por um segundo eu pensei que ela ia morrer, quando Vesta enfiou a estaca nela, mas fiquei muito feliz que isso não tenha acontecido. Semana passada eu disse que era necessário um circulo de orações para que ela permanecesse viva, e que bom que funcionou.

Na cena final, Dean, finalmente, tentou falar a verdade para Sam e isso me deixou um pouco menos irritada com ele e com ainda mais desconfiança do Ezekiel. Será que ele está mesmo curando o Sam?

Semana que vem tem Holy Terror e este me parece um episódio bom, daqueles com ação e com coisas importantes acontecendo. Além do mais, ainda tem um plus: Castiel está de volta.