[Review] Supernatural 9x15 - "Thinman"
Sinopse:
Uma adolescente é
assassinada e a última foto que ela tirou antes do ataque mostra uma figura
fantasmagórica no fundo. À procura de alguma coisa para os manter ocupados,
Dean e Sam vão para Washington à procura
do fantasma. Enquanto os dois entrevistam a mãe da menina, Betty, ficam
surpreendidos quando ela começa a falar de locais frios. Quando lhe
perguntam sobre os sinais paranormais, Betty responde que os
"Sobrenaturalistas" que ligaram anteriormente os trouxeram.
Apresentam-se Harry e Ed, os famosos Sobrenaturalistas.
(Aperte “continue lendo” para uma review com
spoilers)
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Mais
uma vez o monstro da semana não é um monstro de verdade. Ocasionalmente
Supernatural aposenta as boas velhas presas e a trocam por seres humanos
normais, que parecem carregar mais monstruosidade em seus atos do que muito
vampiro ou lobisomem com que os Winchester esbarram por aí.
Sempre começa como um episódio normal e
por mais que algumas circunstâncias pareçam não se encaixar, os irmãos sempre
deduzem se tratar de algo sobrenatural. (Quem não acharia?)
Dois rapazes invisíveis em uma cidade
pequena que queriam ser notados, queriam ser importantes e que acabaram
seguindo pela estrada mais sombria e perigosa, que levou até as suas mortes.
Acho muito interessante essa dinâmica
porque serve para trazer de volta discussões já propostas em temporadas
anteriores: Quem são os verdadeiros monstros? Ter presas, garras ou mudar de
forma não lhe faz um monstro. Ter que comer órgãos ou beber sangue também não.
O que lhe faz um monstro é a sua atitude ante a isso. Quem era mais um monstro:
Benny ou os assassinos desse episódio?
Ter os Ghostfacers de volta foi um
bônus. Muita gente do Fandom não gosta deles, mas eu os amo. Principalmente, o
Ed, que, coincidência (ou não), interpreta o papel de Dean na analogia. Está
evidente, no modo como o episódio foi construído e pelas reações dos irmãos,
que os espectadores deveriam fazer uma comparação e perceber as similaridades
entres Ed e Harry, e Sam e Dean.
A
hipocrisia está correndo solta por aí. Sam Winchester deu seu melhor discurso,
mas deixou bem claro para o telespectador um quê de “faça o que eu digo, não
faça o que eu faço”. Ele tem que começar a seguir o próprio conselho.
Talvez a situação dos Ghostfacers tenha
lá suas similaridades com a situação dos Winchester, mas há elementos na
balança que não se pode comparar.
O Ed mentiu por medo de ficar sozinho.
Ele destruiu de certa forma o futuro que o Harry tinha pela frente com uma
garota que ele gostava e com um emprego estável. O que o Ed fez foi egoísta. O
que o Dean fez, ao contrario, não foi destruir o futuro do Sam, e sim dar uma
chance de ele ter um.
Além disso, mesmo mentindo, o Ed não
forçou o Harry a nada. Ele ofereceu uma escolha. Criou um monstro que ninguém
ouviu falar, mas a decisão final foi do Harry.
O “Dean” disse que tinha um jeito de
reverter a situação e o Sam resolveu voltar. Ele não tinha todas as informações
cruciais no momento, mas ele ainda tinha a escolha de ter dito não e se ele
estivesse assim tão desesperado para morrer como ele diz, não teria aceitado de
modo algum.
Todo mundo tem a sua parcela de culpa
na situação final. Castiel tem culpa por não ter confiado no Dean (novamente) e
acabar ajudando o Metatron a causar a queda dos anjos. Gadreel tem sua culpa
por ter sido ingênuo e obedecer o Metatron. Sam e Dean tem suas parcelas de
culpa, todo mundo esses dias tem. Mas, enquanto os Winchester deixam isso
atrapalhar a relação deles, existem anjos se organizando para tomar o poder,
Abaddon está governando o inferno e Metatron está por aí arquitetando seu
próximo plano.
Eles tem que parar com isso, por que
mais cedo ou mais tarde, essa briguinha vai fazer com que alguém se machuque
feio, seja um deles ou quem eles estejam tentando salvar.
Frases preferidas
· · Sam:Existem coisas que você pode
perdoar, e outras não
Harry: E qual delas é
essa?
Sam: Você vai ter que
descobrir.
·
“Eu
esperei toda a minha vida por isso. Procurem-me na Amazon, vadias” – Harry
Até a Próxima,
Laura
Lins