[Review] Supernatural 9x17 - Mother's Little Helper
Sinopse:
Dean luta contra os
efeitos depois de receber a marca de Caim. Enquanto isso, Sam ouve falar de um
caso em que boas pessoas estão se transformando em assassinos violentos. Sam
suspeita de possessão e sugere a Dean que eles investiguem, mas Dean diz para
ele ir sozinho. Ao entrevistar pessoas da cidade, Sam encontra uma mulher idosa
chamada Julia que lhe diz que os Homens de Letras chegaram à cidade em 1958.
Julia conta a Sam a história de um jovem chamado Henry Winchester e sua companheira, Josie Sands. Enquanto Sam
está longe, Crowley testa Dean.
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Meta Fiction
Essa é a estreia de Misha Collins como diretor e ele faz o
trabalho até parecer fácil. Embora ter ele por trás das câmeras por episódio
signifique a sua não aparição na frente delas, valeu a pena ver como ficou o
produto final.
O modo como Mother’s Little Helper foi filmado não difere
muito da vibe dos outros episódios de sobrenatural, mas há pequenos toques e
ângulos de câmera nele os quais fez possível notar um toque pessoal do Misha.
Dean está sofrendo as consequências do seu pequeno encontro
com a Lâmina no episódio passado. Como parece de praxe para ele está fazendo o
que sabe fazer de melhor: tentando afogar os sentimentos em uma garrafa de
uísque. O que, convenhamos, não vai trazer um bom resultado, nem para ele nem
para o fígado dele.
É claro que, como sempre, ele está tentando esconder o que
está acontecendo do Sam e tentando agir como se não tivesse nada de errado,
fingindo focar-se na pesquisa. É exatamente esse tipo de comportamento que Sam
e nós telespectadores, que já “convivemos” por tanto tempo com Dean, sabemos
que significa problema.
Ele disse que estava bem
e quantas vezes será que ouvi essa mesma mentira ao longo dessas nove
temporadas? Será que um dia, quando o Dean disser “Estou bem”, vai ser verdade?
A paz entre os dois é relativamente nova então Sam não parece
não querer confrontar o Dean ou pressioná-lo por uma resposta mais sincera, com
medo do que possa acontecer se ele fizer isso, já que a preocupação dele faz o
Dean ficar ainda mais zangado.
Sam decide pegar um caso em Milton, Illinois, onde uma
professora de jardim de infância do nada golpeou o marido com um castiçal até a
morte sem explicação alguma. Não demora muito para outros casos parecidos aparecerem.
Algumas pessoas da cidade parecem estar agindo sem escrúpulos, medo ou
compaixão, o que logo o faz lembrar da época em que ele andava por aí sem alma.
A primeira coisa que pensei quando ele descobriu foi: Por que
eles estão escrevendo coisas estranhas na parede e se matando só por causa da
falta da alma? O Sam não agiu desse jeito. A pergunta é respondida pelo próprio
Sam, quando diz que talvez as pessoas reajam diferentemente a falta de alma.
Enquanto tenta entender as ligações entre as vítimas ele
encontra com Julia, uma senhora que costumava ser freira e que clama que os demônios
estão de volta à cidade.
Acontece que em 1958, Josie e Henry Winchester estiveram no
convento de St. Bonaventure investigando o suicídio de uma das freiras. Josie
nesse pequeno flashback se torna algo além de apenas o corpo que Abaddon está
possuindo. A personagem se mostra determinada e corajosa, sendo a única mulher
entre os Homens das Letras. Ela é apaixonada por Henry e faz de tudo para
protegê-lo, sendo, no final, possuída no lugar dele. Infelizmente, como nós já
sabemos, apesar dos esforços dela para mantê-lo a salvo, a história não acaba
bem para ele.
Não entendo o desprezo que ela tem em relação aos caçadores,
já que o trabalho que eles estavam fazendo era o mesmo que um caçador faz. Não
sei como os caçadores faziam naquela época, mas Josie e Henry trabalhando em
campo pareciam apenas caçadores com um conhecimento melhor de línguas e com
menos habilidade física.
Enquanto Sam caça, Dean passa o dia em um dos seus lugares
preferidos: um bar. Crowley o acusa de estar enrolando porque está com medo de
usar a Primeira Lâmina novamente e perder o controle.
E como sempre
ele usa a oportunidade para tentar manipular o Dean para que ele faça
exatamente o que quer. A artimanha da vez é Jake, um demônio que finge ser uma
caçador que vai tentar matar Crowley e é impedido por Dean.
Antes de
descobrir que ele era um demônio, todavia, fiquei feliz que eles mostraram um
caçador que não tinha experiência com demônios, já que é fácil para o
telespectador esquecer como era difícil matar demônios antes de eles
conseguirem a faca.
Você ainda lembra das primeiras temporadas quando os demônios
eram a maior ameaça que existia e que matá-los era praticamente impossível? Jake
nos lembra de que, embora para os Winchester matar demônios seja como tirar
doce de criança, para os outros caçadores, eles ainda são a maior das ameaças.
Minha opinião geral é que foi um episódio interessante e
divertido, mas que não teve impacto quase nenhum do ponto de vista do
desenrolar da temporada. Nós descobrimos que Abaddon está criando um exército
como almas roubadas, fora isso o episódio poderia muito bem ter sido dispensável.
O próximo episódio parece mais centrado nos anjos então
espero que seja mais relevante para o enredo. Plus: O Castiel está nele.
Até a próxima,
Laura
Lins
Notas
Há algo no modo como Sam caça que me faz pensar que entre os
dois Winchester’s ele é o que provavelmente se sairia melhor sozinho. Sempre
que os dois se separam por algum motivo, Dean sempre parece procurar apoio em
algum parceiro de caçada, seja ele humano, demônio ou anjo.
Sam por outro
lado, se mostra um caçador de primeira quando está sozinho, utilizando não só a
força física como também a estratégia e a inteligência para derrotar os vilões.
Gravar o exorcismo e jogar o celular para longe foi uma jogada de mestre.
Frase preferidas
“Não é como o Caim? O que tem nessa bebida? Ilusão?” –
Crowley