[Review] Supernatural 9x19 - "Alex Anne Alexis Ann"
Sinopse: Xerife
Mills (Atriz convidada Kim Rhodes) chama Sam (Jared Padalecki) e Dean (Jensen
Ackles) depois de matar um vampiro que atacou uma prisioneira chamada Annie
(Atriz convidada Katherine Ramdeen). Eles descobrem que Annie foi capturada por
uma família de Vampiros que a usariam como ísca para atrair mais humanos para
que eles pudessem se alimentar. Xerife Mills tenta resgatar Annie de seus
sequestradores, mas descobre da maneira mais difícil que família sempre vem em
primeiro lugar.
A essa
altura do campeonato a última coisa que nós precisávamos era de um episódio
filler. Não me leve a mal não é que Alex Anne Alexis Ann tenha sido péssimo, é
que depois dos eventos de Meta Fiction eu esperava algo que pudesse ajudar mais
um pouco o enredo, não um episódio com vampiros. De modo que não sei ao certo
se o fato de não gostar dele tenha sido por influencia desses fatores ou do
próprio episódio.
Em
um outro contexto, talvez eu tivesse apreciado mais esse episódio. A premissa é
interessante, principalmente para uma estudante de psicologia. Síndrome de
Stokolmo? Jodi usando Alex para preencher um vazio? Isso teria sido um prato
cheio para mim em qualquer outro dia.
O retorno da Jodi não foi muito excitante. Ao
contrário de outros personagens que nós não chegamos a ver muitas vezes, ela já
apareceu nessa temporada a não muito tempo atrás em Rock and a Hard Place. Não
que eu não goste dela, porque eu gosto, gosto muito, contudo, se dependesse de
mim, nessas circunstancias estaria tudo bem se só a visse na próxima temporada.
A
caracterização dos personagens me pareceu um pouco off. Alex não mostrou emoção
o suficiente para que eu me ligasse a ela ou ao menos sentisse empatia, pelo
menos não até o final e aí já não tinha mais jeito porque eu já tinha decidido
não gostar dela. Não sei se foi culpa da atriz ou do script, mas mesmo enquanto
ela falava com a mãe da culpa que a estava consumindo, não senti nada.
Outra
coisa que me incomodou foi os Winchester’s tratarem Alex como se ela fosse um
monstro. Esse é o tipo de coisa que eu veria o antigo Dean fazer, quando ele
não havia tido um amigo vampiro (Benny) ou um lobisomen (Garth). Então, embora
esse tipo de atitude seja condenável é compreensível vindo dele, já que ele
sempre teve problemas em ver o mundo além das nuances de preto ou branco, bem e
mal. Essa forma de agir toma força através do que a Marca está fazendo com ele.
O
que não entendo é o porque do Sam adotar a mesma visão como verdadeira. Ele
sempre foi o irmão com mais compaixão em relação aos “monstros” e sempre tentou
entender os motivos pelos quais eles se tornaram o que são. Como é que ele ao
olhar uma garota cuja a única realidade conhecida é essa, que foi criada e na
qual foi feita lavagem cerebral, e ver um Monstro e não o resultados das ações
da mãe dela?
Não
estou falando em absorvê-la totalmente de seus crimes e sim de dar a ela uma
chance de viver uma vida diferente fora do inferno em que foi criada. Esse não
é o tipo de atitude que esperaria do Sam, principalmente quando ele já foi
manipulado várias vezes no passado.
A única forma em que o enredo avançou foi ao mostrar – mais
uma vez – como a Marca está influenciando o julgamento do Dean. Ele está mais
agressivo, violento e ao que parece gostando até demais do próprio trabalho. O
trabalho dele sempre foi encontrar a coisa ruim e matá-la, mas nunca tinha
visto ele tão feliz com isso.
Ele
fez o vampiro olhá-lo nos olhos antes de matá-lo, como se ver o medo e ver a
luz se esvaindo dos olhos dele fossem uma sensação muito satisfatória.
Além
disso, ele parece muito mais forte do que costumava ser. Se não estiver
enganada vampiros são superfortes e ele conseguiu vencer um com não tanto
esforço assim.
Notas
·
O nome do episódio é em
referência ao filme Martha Marcy May Marlene, onde a personagem principal foge
de um culto do qual ela fazia parte. O paralelo entra a história dela e Alex
pode ser traçado, uma vez que Alex foge da sua família, que convenhamos não era
muito longe de ser um culto.
