Crítica | Anime | Kaichou Wa Maid-Sama( A presidente é uma empregada!)
Nos primórdios da minha jornada assistindo anime (fora do
Cartoon Network) quando eu era mais nova, me deparei com esse anime que na
época se tornou meu shoujo preferido.
Recentemente terminei de ler o último volume do mangá e
resolvi reassistir o anime pela nostalgia. Em outra postagem separada vou falar
do mangá e das diferenças entre os dois, mas, por enquanto, vamos nos ater
apenas ao anime.
Kaichou wa maid-sama tem como
protagonista Ayuzawa Misaki (em japonês o sobrenome vem primeiro), uma garota
cujo pai abandonou a família, o que fez com que ela odiasse garotos. Ela é
presidente do conselho da escola Seika, que até pouco tempo era só para garotos
e continua com uma taxa extremamente maior em relação às taxas de garotas.
Sendo assim, ao se tornar a presidente, ela tomou para si uma
postura rigorosa para manter os garotos na linha e defender as garotas. Seu
comportamento faz com que ela seja temida e odiada por todos os estudantes do
sexo masculino, rendendo apelidos como: tirana, presidente demônio e muitos
outros.
Misaki, a Presidenta Demônio em ação!!! |
O pai de Misaki abandonou a família com várias dívidas e a
situação financeira ficou em ruínas, de modo que Misaki teve que começar a
trabalhar para ajudar a sustentar sua mãe e sua irmã, Suzuna. O único trabalho
que paga bem e não envolve um trabalho físico puxado o bastante para que
atrapalhasse seus estudos é o Maid Latte, um café Maid, que basicamente é um café
normal, exceto pelas garçonetes se vestirem em cosplay, geralmente com roupas de empregadas.
Misaki, conhecida como Misa-chan pelos clientes do Maid Latte,
mantem a verdade sobre seu trabalho em segredo absoluto, apenas a sua família e
as outras empregadas do Maid Latte sabem que ela trabalha lá. Ela faz isso por
medo de que se os outros estudantes descobrirem ela seja ridicularizada ou
perca o respeito que trabalhou tanto para conquistar.
E o segredo está totalmente a salvo até que Usui Takumi está
passando por um beco e vê Masaki colocando o lixo para fora...vestida de Maid. De
início Misaki fica paranoica de que ele vai contar para todo mundo da escola,
mas fica clara que essa não é a intensão dele.
Usui é um daqueles interesses amorosos perfeitos de shoujo. O
cara é bom em absolutamente tudo: cozinhar, esportes, xadrez, jogos, luta, nas
matérias da escola... e a lista continua. Além disso, ele é charmoso e bonito.
O tipo de personagem que eu normalmente odiaria, mas de alguma forma não
consigo.
Ele tem um ar misterioso e apesar de tantas qualidade e uma
atmosfera tão confiante, as suas palavras, não tão raramente, tem um tom
autodepreciativo. Desde o momento em que ele é introduzido dá para perceber que
há algo misterioso que sonda o seu passado e a cada episódio isso só vai
ficando cada vez mais claro.
O relacionamento entre Usui e Misaki é cômico, fofo e faz com
que eles sejam um dos meus casais preferidos de anime. Misaki tenta o tempo
todo ser durona e fria perto dela (e de qualquer outro garoto), mas sempre acaba
abrindo o jogo no final e mostrando seus verdadeiros sentimentos.
Usui, por outro lado, sempre tenta criar uma fachada de
tarado e cabeça de vento, que ele usa para tentar sair de situações onde ele
precisa mostrar seus sentimentos ou, com frequência, para fazer com que Misaki
se sinta mais confortável com a situação.
Nesse sentido, há um grande desenvolvimento e amadurecimento
dos personagens principais. Misaki que era apenas uma odiadora de garotos e uma
presidente tirana vai começando, com a influência de Usui, a se tornar alguém
mais compreensiva e que admite que ser independente não significa que você não
pode pedir ajuda dos seus amigos de vez em quando.
Usui também sofre algumas mudanças e, embora as deles sejam
menos visíveis no anime, Misaki é capaz de transformar quase que totalmente a
visão de mundo que ele tem.
Porém, enquanto os personagens principais crescem e
amadurecem, os secundários funcionam basicamente como um plano de fundo. Apenas
outro personagem realmente recebe a oportunidade de sofrer transformações ao
longo do anime, Kanou Sotarou, que começa como um “vilão” que quer atrapalhar
Misaki e transformar Seika em um colégios só para meninos novamente, mas que no
fim das contas não estava fazendo isso por odiar as garotas, mas por ter medo
delas, o que ao longo dos episódios vai mudando.
O plano de fundo é desenhado como se fosse uma arte de
animador, enquanto os personagens ganham todo o destaque, com traços e colorido
mais bem definido. Além disso, eles usam bastante chibis, o que já vi muita
gente reclamar e dizer que é “uma forma preguiçosa de animação”, mas eu não
concordo. Os chibis dão um toque especial ao anime e são responsáveis por deixar
algumas cenas ainda mais cômicas do que normalmente seriam.
As características
físicas dos personagens são bem diferentes entre si, a não ser quando esse é
justamente a intenção, o que facilita a distinção deles. Muitos animes pecam
nesse ponto e fazem com que se torne confuso, por não sabermos distinguir
muitas vezes um personagem do outro.
O final
do anime segue a tendência dos shoujos em geral, com um final “resolvido”, mas
que ao mesmo tempo deixa a interpretação do que vai acontecer a seguir por
conta do telespectador.
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1 comentários:
Write comentáriosAqui é uma das administradoras da pagina Kaichou wa maid-sama BR do facebook.
ReplyPessoalmente eu gostei do seu comentario sobre o anime, tem alguns pontos que concordo com você e outros que deixaram a desejar... poderia ter explorado mais o anime mesmo nao sendo um anime tao diferente dos outros shoujos
~Roose