Crítica |Anime| ReLife
Nº de
episódios: 13
Exibição: 1 de
julho de 2016 - presente
Estúdio: TMS
Entertaiment
Roteiro: Michiko
Yokote e Kazuho Hyodo
Direção: Tomo
Kosaka
Gênero:
Seinen
O que você faria se tivesse 17 anos novamente?
ReLife é um anime da nova temporada com 13 episódios que
contam a história de um homem que teve essa chance. Kaizaki Arata é um homem de
27 anos cuja vida não aconteceu como o esperado. Assim que ele saiu da escola o
seu emprego dos sonhos em uma firma estava mais para pesadelo e depois de 3
meses ele se demitiu.
Encontrar emprego depois disso não foi nada fácil. A sua
demissão é uma marca escura no seu passado que não parece ser apagada e sempre
ressurge em entrevistas de emprego. Ainda que ele tente dar desculpas como “não
era o que eu achava que ia ser” ou “eu pensei que poderia ser mais bem
aproveitado em outro tipo de emprego”, suas repostas só soam como desculpas
esfarrapadas de um homem que desiste muito fácil aos ouvidos dos empregadores,
fazendo com que o único emprego que ele consiga seja de caixa em uma loja de conveniência.
Um dia, depois de uma noite de bebedeira com os amigos – para
os quais, por vergonha, ele ainda finge trabalhar em uma empresa – ele é
abordado por Yoake Ryou, o qual trabalha para uma empresa que está desenvolvendo
um experimento com uma nova droga capaz de rejuvenescer o corpo de quem a toma.
O Projeto ReLife, como é chamado, é um experimento para
observar como os indivíduos se comportam ao serem rejuvenescidos e como eles
afetam o ambiente ao ser redor. Para isso, os “supervisores”, como Yoake, escolhem
e observam pessoas cuja vida não está indo bem, em outras palavras aqueles que
têm problemas em se adaptar a própria vida.
A droga, porém, não é capaz de rejuvenescer totalmente o
corpo da pessoa, só a sua aparência. Desse modo, é um corpo de 27 anos que se
parece com um de 17, o que traz várias cenas hilárias relacionadas ao
sedentarismo do personagem principal.
Isto, porque, como qualquer adolescente de 17 anos, ele deve
frequentar a escola e fazer tudo para interpretar seu novo papel, até que ao
final do período de um ano, todas as pessoas com que ele se relacionou iram
esquecer quem ele é, e Arata vai voltar para a sua vida normal.
Primeiramente, você já deve ter percebido, que é uma premissa
um pouco difícil de engolir pela sua total falta de realismo: “Como assim a pílula
só rejuvenesce a aparência?” e “Como eles vão fazer as outras pessoas esquecer
dele?”. Esse é um daqueles animes que você tem que deixar o realismo de lado e
nadar junto a correnteza, porque, no fim das contas, vai valer muito a pena.
Esse é um dos animes mais engraçados que já assisti, e sem
dúvida alguma, o mais engraçado que assisti essa temporada. O primeiro episódio
já me conquistou plenamente com uma dose perfeita de humor, intriga; e mistério
sobre o passado e o possível futuro que o anime poderia trilhar.
Em ordem: Kariu, Honoka,
Kazu-kun, Chizuru, Arata, Onoya, Yoake.
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Os personagens secundários são bem desenvolvidos, cada um ganhado
tempo o bastante na tela para mostrar sua personalidade e seus medos. Alguns, é
claro, ganham mais tempo do que os outros, mas isso é algo totalmente natural.
Chizuro Hishiro é a garota mais inteligente da classe (e
talvez da escola), mas não tem nenhum amigo porque tem as habilidades sociais
de uma animal de pelúcia, e um sorriso – que quando não é natural – parece digno
de um assassino macabro. Ela e Arata desenvolvem uma relação muito
interessante, com ele tentando ajuda-la a fazer amigos, mas ao mesmo tempo mantendo
uma distancia, já que ela é uma aluna de ensino médio e ele é um adulto.
Rena Kairu é, na minha opinião, o personagem que mais se
desenvolve ao longo do anime – com exceção de Arata e talvez Chizuru. Ela é
teimosa, orgulhosa e quer ser a melhor aluna da classe – posto que ela acaba
perdendo para Chizuru. Kairu é alguém que trabalha duro para ter o que quer e
não aceita que ninguém pegue leve com ela por pena. Porém, seu sonho de ser a
melhor acaba cegando ela em muitos aspectos e fazendo com que ela acabe
ultrapassando algumas linhas que não deveria.
Até mesmo o supervisor de Arata, Yaoke, ganha um episódio
narrado apenas na perspectiva dele, o que é capaz de abrir os olhos do
telespectador para algumas coisas que ele tinha deixado passar, além de criar
um mistério ainda maior sobre o seu passado com a organização do Projeto
ReLife.
Além
deles ainda há Onoya, que é uma cabeça de vento com um grande coração; Honoka,
uma menina doce com um grande talento para vôlei; Aki e Nobunaga, os amigos de infância
de Honoka e, respectivamente, um cara esquentado e o mais calmo que você vai
encontrar no anime. E por último, mas não menos importante, Kazu-kun que é
representante da classe, vira um grande amigo do Arata e é a pessoa mais fofa e
relaxada do anime. Apesar de ser muito inteligente quanto aos estudos acadêmicos,
tem zero entendimento dos sentimentos das pessoas, principalmente de Kariu, que
é claramente apaixonada por ele.
Assisti
toda a primeira temporada do anime no mesmo dia e fiquei com um gostinho de
quero mais. Se a segunda temporada também já tivesse ido ao ar, teria assistido
ela em seguida.
Kazu-kun dizendo como eu me sinto em relação aos personagens do anime |
Não vou dizer que as revelações feitas ao longo de ReLife me
pegaram totalmente de surpresa e me deixaram de queixo caído, mas isso não tira
em nada o mérito delas. O final é bem satisfatório, de modo que se nunca houver
segunda temporada – ainda que eu esteja torcendo para que sim – nem tudo vai
ficar mal resolvido.
Acompanhar Arata na sua segunda chance no colégio é
divertido, ao mesmo tempo em que ensina várias lições se você estiver prestando
atenção. Recomendo totalmente esse anime, e imagino que você iria gostar independente
da sua idade ou gênero.
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