[Crítica] Supernatural 11x05 - "Thin Lizzie"
Sam
(Jared Padalecki) e Dean (Jensen Ackles) investigam uma série de assassinatos
no B&B local (Estilo os hotéis de beira de estrada que Sam e Dean costumam
ficar) que também parecem estar acontecendo na velha casa de Lizzie Borden.
Quando um morador, Len (ator convidado Jared Gertner) fala para eles que viu
uma garotinha pelas redondezas do hotel no momento que as mortes aconteceram,
os garotos se dão conta que Amara (atriz convidada Yasmeene Ball) talvez seja a
responsável.
Escrito por Nancy Won
Dirigido por Rashaad Ernesto Green
“A
escuridão está chegando. É tão pacifica. Está chegando para todos nós”.
Por mais absurda que a ideia de
transformar a casa de uma (suposta) assassina em série em uma pousada possa
parecer o lugar no qual esse episódio gira em torno, não é imaginação dos
escritores de SPN. É um lugar real que fica em Fall River, Massachusetts.
Ainda que hajam vários relatos de
aparições fantasmagóricas e alguns o descrevam como o
lugar mais assustador no qual já estiveram, nada tão terrível como um novo
assassinato a machadadas aconteceu por lá, e é isso que acontece em Thin
Lizzie.
Um casal é assassinado supostamente
pelo fantasma da Lizzie Borden em um quarto fechado sem que ninguém perceba os
intrusos e quando os Winchesters vão investigar o caso descobrem que o quarto
no qual o casal estava hospedado – o qual pertencia a própria Lizzie – foi projetado
para enganar turistas e fazer com que eles acreditem estar contatando o
sobrenatural. Há luzes ligadas a um timer para que elas pisquem, alto falantes
nas paredes com som de choro e ainda um gerador de EMF caseiro no porão.
O lugar é uma farsa total, mas a
pergunta continua: Como o assassino conseguiu entrar e sair da pousada sem
arrombar nenhuma porta e sem ser visto? A dinâmica do episódio me lembrou um
pouco o Family Remains, da quarta temporada, em que os Irmãos Winchester estão
investigando um caso e descobrem que o fantasma que estão procurando é na
verdade uma pessoa.
A grande diferença aqui é que embora o
assassino seja uma pessoa, as causas de seu comportamento podem ser rastreado
de volta ao sobrenatural. Amara, a nossa querida escuridão em fase de
crescimento, anda roubando almas de habitantes de Falls River pra matar o
apetite, e uma delas resolveu sair por aí cometendo assassinatos em massa.
Os motivos da Amara fazer o que faz não
parece nenhum pouco claro ainda. Em um momento ela é legal com a Sydney e no
outro ela rouba a alma dela. Ela está fazendo isso só para matar a fome ou
deixar as pessoas perambulando por aí sem alma faz parte da estratégia final
dela, para elas se tornem assassinas?
“Não há um jeito sensível de dizer que uma adolescente pré-histórica roubou sua alma”
Se for esse o seu jogo final, ela errou
feio com Len, aficionado em Lizzie Borden e nerd de carteirinha. A sua reação
ao perder a alma foi como nenhuma outra já mostrada na série. Que nem toda
pessoa que perde a alma vira uma maníaca homicida nós já sabíamos. Sam depois
que voltou do inferno sem a alma parecia normal e continuou fazendo o trabalho
de caçador como o Sam com alma faria.
Len nos traz uma explicação bem plausível
para esse comportamento. Embora ele não sinta mais nada ele ainda tem as memorias
e sabe como agiria normalmente, então ele interpreta o papel que acha dever
interpretar: Len continua posando de fã da Lizzie e Sam continua caçando.
Para Sydney as coisas já são um pouco
diferentes. Durante toda a vida ela queria vingança pelas coisas que a fizeram,
chega a dizer que costumava fantasiar com a morte de algumas dessas pessoas,
contudo, a alma dela, a sua moralidade, a impedia de fazer essas coisas. Estar livre
dessas amarras fez com que ela finalmente tivesse a chance de fazê-las.
Foi um ótimo episódio e quem escreveu
foi Nancy Won, uma nova escritora de SPN, mas que já teve outros trabalhos em
séries como Being Human. Ela conseguiu inscrever bem a personalidade dos
irmãos, e o Len é uma dadiva com todo seu jeitinho estranho e sua determinação
para fazer as coisa certa mesmo sem a alma.
“Eu me lembro como era fazer a coisa certa. Então vou deixar a maré me levar enquanto eu puder”
- As
desculpas para não ter o Cass nos episódios estão cada vez mais ridículas e ao
mesmo tempo mais hilárias. Mas, afinal, quem nunca ficou preso na maratona de
uma série e esqueceu-se do resto do mundo?
- A
cara de indignação que Sam fez quando o Dean falou “Trabalhar com a família é difícil”
foi a melhor coisa do episódio.