[Resenha] Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos - Cassandra Clare
Editora: Galera
Record
Título Original:
The Mortal Instruments: City Of Bones
The Mortal Instruments: City Of Bones
Autor: Cassandra
Clare
Nota:
Em clima de
comemoração, antecipação e ansiedade para a estreia de Shadowhunters no 12 de
Janeiro de 2016, e como prometido irei trazer para vocês resenhas dos livros da
Cassandra Clare e principalmente dos que vão inspirar a série de TV, que é “Os
Instrumentos Mortais”. Para começar, claro, vamos falar de “Cidade dos Ossos”,
o primeiro livro da saga.
“Significa: Caçadores de Sombras: mais
bonitos de preto do que as viúvas de nossos inimigos desde 1234”
Cidade
dos ossos, conta a história de Clary Fray uma menina de 15 anos, que descobre
em seu aniversário de 16 anos, que existe um mundo além do nosso. Em uma festa
na Pandemonium, uma boate fictícia e NY, com seu melhor amigo – que é apaixonado por ela – Simon Lewis,
ela vê um grupo de pessoas assassinarem um homem, que ela ainda não sabe, mas
era um demônio. Essas pessoas são Caçadores de Sombras, pessoas metade Anjo,
metade Humano que tem como finalidade na vida proteger o
mundo que nós conhecemos do “Mundo das Sombras” – vampiros, lobisomens,
sereias, feiticeiros, demônios, zumbis... Não, zumbis não.
Não
muito depois disso Clary descobre que também é uma Caçadora de Sombras e que
sua mãe escondeu isso dela a vida inteira. Clary, apesar de não querer, acaba
se envolvendo com os Caçadores, em busca de sua mãe que desapareceu
misteriosamente do apartamento onde elas viviam. Assim ela conhece os irmãos
Lightwood, Alec e Isabelle, e Jace Wayland, que é criado pela família Lightwood
desde que seu pai morreu quando tinha 10 anos.
E
o que dizer sobre o Mr. Wayland?
- Você nunca ouviu falar que modéstia é um traço atraente?-
Só para pessoas feias - confidenciou Jace - Os mais gentis podem herdar a terra, mas no momento ela pertence aos esnobes. Como eu."
Que é um mimadinho,
ridículo e insuportável? Sim. E, não. Eu não gosto dele. Verdade seja dita, ele
tem seus momentos sendo engraçadinhos, mas como diria uma personagem do livro
se ele tivesse metade da graça que acha que tem, ele seria duas vezes mais
engraçado. O que ele não é. Jace Wayland é a personificação de insuportável, e
Raziel me ajude, mas eu não o suporto, pelo menos não nesse momento. Eu poderia
dissertar uma vida sobre os motivos que levam o Jace a ser um personagem
intragável em um primeiro momento, mas prefiro dizer que não o odeio tão
profundamente por coisas como:
"Jace disse:- Infelizmente, Dama dos Refugiados, meu único verdadeiro amor permanece sendo eu mesmo.
-Pelo menos - ela disse -, você não precisa se preocupar com rejeição, Jace Wayland.
- Não necessariamente. Eu mesmo às vezes me dispenso, só para manter as coisas interessantes."
Ele foi tão... Não Jace nesse momento
que eu realmente o amei. Mas isso é coisa para resenhas futuras. Continuando...
Clary,
junto com Simon, Isabelle, Alec e Jace tenta descobrir onde a mãe dela está, e
acabam descobrindo que, Valentim, um dos maiores vilões que o Mundo dos
Caçadores de Sombras já presenciou está vivo e entre nós, essa descoberta
guarda segredos, e mentiras que afetaram a história de maneiras bem...
Interessantes.
Com
um enredo desse você pode pensar... “Já li essa história antes”, certo? Mas
não. Essa é a verdade por trás das histórias da Cassandra Clare, ela te
surpreende de maneiras inesperadas e transforma os clichês, como triângulos
amorosos – sim isso tem no livro – em algo que você consegue gostar, que você
quer acompanhar, e principalmente, que você ama. Mas acima de tudo, ela não o
torna o ponto central da história, milhões de outras coisas se abrem diante dos
nossos olhos, que tornam o romance quase, “mais uma coisa” que faz parte de
todo o resto.
Eu
sou suspeita para falar sobre isso, porque demorei uma vida para ler os livros
da Cassandra e ele hoje são minha paixão, tanto pela maneira como são escritos,
como pela história, como pelo contexto, quanto pelos personagens maravilhosamente
escritos, e por uma profundidade de emoções que só podem ser visto nas
raridades da vida literária. Um bom leitor sabe quanto isso é difícil mesmo que
as histórias sejam maravilhosas.
Nós
temos problemas familiares, temos amizade verdadeira, tabus sendo quebrados,
amor incondicional e não me refiro ao amor romântico, e sim de outras formas de
amor: amor entre amigos, entre irmãos, entre famílias que não são realmente de
sangue... Pelo menos não exatamente.
A
Cassandra Clare criou um universo, uma conexão entre épocas, famílias, países,
entre histórias, e amores, entre pais e filhos, relações profundas que definem
uma cronologia impecável, e “Cidade dos Ossos” é só o começo de algo que se
torna cada vez melhor.
Chegar a essa
conclusão não foi fácil, quem me conhece sabe que eu não gostava dos livros, na
verdade eu nem queria ouvir falar, mas aqui estou eu...
“Cidade dos Ossos” definitivamente
não é o meu preferido da saga, e por isso mesmo não recebe as 5 estrelas, falta
um pouco mais de desenvolvimento que encontramos em outros livros, porém é o
início de uma paixão resumida em um Universo. Recomendações ao primeiro livro
dos Instrumentos Mortais, não vão faltar se eu começar a dá-las, como disse é o
começo de algo realmente incrível, e que vale a pena conferir.
Se você é fã, sabe
do que eu estou falando se você não é, pode se juntar a família, nós
adoraríamos dividir nossos Ligthwoods, Lewis, Fray, Wayland, e Bane com vocês,
principalmente o Bane, ele merece ser dividido com o mundo.