Julgando a série pelo piloto: Sense 8
Nós,
seres humanos, apesar de sempre dizermos o contrário, somos julgadores.
Julgamos pessoas pela aparência, livros pela capa e séries pelos seus pilotos.
Um dos meus passatempos – ou estilo de vida – é passar horas assistindo séries
e as vezes, admito, acabo desistindo de algumas depois de seu piloto.
Sei
que não devo ser a única a fazer isso e por isso estou criando essa nova coluna
do blog onde vou registrar meus pensamentos sobre a série levando em conta
apenas o primeiro episódio como referência.
Isso
é uma coisa boa porque sempre tenho receio de começar a fazer crítica de uma
série nova aqui no blog porque nunca sei se vou acabar assistindo, de modo que
até tenho criticas inteiras de episódios que eu nunca coloquei no blog.
Aproveito
para colocar em dia minhas metas de novas séries do Banco de séries. De
qualquer forma, que tal me acompanhar nessa jornada?
Vou
começar com uma crítica que escrevi nunca coloquei no blog de uma série que até
assisti a temporada inteira: Sense8.
A
conversa sobre essa série do Netflix quando foi lançada fazia com que ela
parecesse a melhor coisa já inventada o que me deixou com um pé atrás e pode
ter mexido um pouco o meu julgamento. Expectativas altas nunca é uma coisa boa
com relação a séries, porque ela é uma porta direta para decepção. Você sempre
acaba esperando demais.
O
primeiro episódio, intitulado Limbic
Ressonance começa com uma mulher chamada Angel (Daryl Hannah)
em um prédio abandonado conversando com um homem chamado Jonas( Naveen Andrews)
que na verdade não está fisicamente lá.
Um
homem misterioso (interpretado por Terrence Mann) aparece e Angelica se mata para fugir dele. Sua morte, porém, foi
assistida por outras oito pessoas, cada uma em seu respectivo país, como uma
espécie de alucinação.
É
um começo bem confuso e as coisas não melhoram nenhum pouco com o passar do
tempo. Apesar do grande potencial e da cinematografia maravilhosa, ao tentar
apresentar tantos personagens e o que está acontecendo com eles de uma só vez
dá ao telespectador a sensação de não conhecer nenhum deles.
Não
há nenhuma ação, é como se eu tivesse assistido uma introdução e a série nem
tivesse começado ainda. Talvez isso se deva ao fato de ela ser uma série da
Netflix, onde toda a temporada é colocada de uma vez. As outras emissoras
tentam fazer com que o telespectador se apaixone pelo piloto para que ele
assista o segundo episódio na outra semana, mas a Netflix não precisa fazer o
telespectador esperar e por isso leva um pouco de vantagem.
O
elenco principal é composto por oito indivíduos de todas as partes do globo
que, após a morte de Angelica, ficam telepaticamente ligados: Lito (Miguel
Ángel Silvestre) um ator
de telenovela, que tem a melhor introdução na minha opinião; Sun (Doona Bae), uma
mulher de negócios coreana; Riley (Tuppence Middleton), uma DJ em Londres; Kala ( Tina
Desai), uma farmacêutica indiana
que acaba de ficar noiva ; Capheus (Aml Ameen) um “empresário” que está tentando fazer o
seu negocio de transporte funcionar; Will (Brian
J. Smith), um policial
na cidade de Chicago; Wolfgang (Max
Riemelt), um ladrão
alemão; e por último, mas não menos importante, Nomi (Jamie
Clayton), uma ativista
transexual de São Francisco.
Enquanto
o começo e o meio são confusos, o final é totalmente abrupto. Não acaba
realmente em um cliffhanger como a
maioria ou com uma resolução, simplesmente acaba.
Não
me impressionou. Embora a premissa seja muito boa, seguindo a ideia posta nessa
coluna que é julgar apenas baseado no piloto, a nota de Sense8 infelizmente não
vai ser das melhores.
NOTA: 7