Julgando pelo Piloto | Believe
A
Série é fruto da parceria entre Alfonso Cuarón (diretor de Harry Potter e o
Prisioneiro de Azkaban,
um dos meus filmes preferidos da saga) e Mark Friedman.
A história gira em torno de uma garotinha chamada Bo, que tem talentos especiais que fazem com que ela seja caçada e William Tate, um ex-presidiário que
fugiu no dia da sua execução após um acordo com Milton Winter. O acordo é que
em troca da liberdade, Tate teria que tomar conta de Bo.
Em
uma certa medida Believe me lembrou Touch, embora em outros aspectos as
séries se diferenciem completamente. Em Touch, Jake era autista e não falava
com ninguém, enquanto Bo é super comunicativa (às vezes, até demais), mas eles
tem em comum o fato de que de alguma forma o futuro necessita deles e de suas
habilidades extraordinárias.
Quando
a Bo começou a falar sobre o sonho
no começo ou depois com o Residente Terry sobre a Senga já percebi que aquilo
se tratava de uma espécie de premonição, mesmo que nem ela tivesse percebido no
começo e foi aí que eu notei a ligação entre as duas séries. Assim como a
ligação entre Jake e Martin, também é necessária a ligação entre Bo e Tate, e
acima de tudo que ele acredite nela.
Não
que essa semelhança entre os enredos é algo ruim ou digno de uma acusação de
plágio, porque não é. Essa ideia de crianças talentosas caminhando por aí
remota o imaginário das pessoas e os filmes desde antes de eu nascer, provavelmente.
Só estou ansiosa para descobrir se essa ideia vai ser desenvolvida de forma
satisfatória nos próximos episódios de modo a me ganhar como espectadora.
Na correnteza a cair
Nunca sabendo aonde ir
Ou se algo mais está por vir
Esperando alguém pra surgir
Para assim que for dormir
Sonhos possam vir
A vida não espera
Gosto
de séries que conseguem driblar essa minha capacidade e me surpreender com
coisas que estavam ali o tempo todo, mas que eu não fui capaz de ver.
Nota 8 |
· O
episódio foi dedicado a Ned Vizzini escritor de quatro livros, incluindo “It’s
Kind of a Funny Story”, que deu origem a um filme de mesmo nome, traduzido para
o Brasil como “Se enlouquecer, não se apaixone”. O livro, baseado em sua
própria vida, trata de temas como depressão.