Resenha | Cidade de Vidro – Cassandra Clare (#3 Os Intrumentos Mortais)
Título Original: City of Glass
Editora:
Galera Record
Ano: 2011
Páginas:
474
O Livro no SKOOB
Onde
Comprar: Submarino
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– Extra
– Americanas
“As pessoas
não nascem boas ou ruins. Talvez nasçam com tendências a um caminho ou outro,
mas é a maneira como se vive a vida que importa. E as pessoas que conhecemos.”
Cidade de Vidro, se passa todo em Alicante, a
capital e única cidade, do país dos Caçadores de Sombra, Idris. Também conhecida
por Cidade de Vidro, por ser cercada por torres de vidro demoníaco. As torres só
podem ser desativadas de dentro da cidade, e com sangue de demônio, o que a
torna bem segura, não é mesmo? Sim, Alicante é simplesmente perfeita (pelo
menos na minha cabeça), montanhas, casas pequenas, em sua maioria parecem com
chalés, torres demoníacas ao longe, a Garde no topo de um monte, o salão dos
acordos, a praça do anjo, o chafariz... Sim, Alicante é
perfeita. E sim, eu mal posso esperar para vê-la na série!!
Isso não vem ao caso... Vamos deixa a paisagem
suíça de Idris (da minha cabeça) de lado, e focar que, em Cidade de Vidro, todo
mundo vai para Idris. E com todo mundo eu quero dizer TODO MUNDO... Clary,
Jace, Simon, Isabele, Alec, os pais deles, Maryse e Robert Lightwood, e o irmão
mais novo Max. Luke, Valentim, Jocelyn e ele, claro... Isso seria spoilers. Uma
série de fatores levam todos até lá, ou faz com que alguns vão mesmo que não devessem.
Além disso, somos apresentados a outros
personagens como os Penhalow, Amatis Herondale, irmã do Luke, e Sebastian
Verlac. Assim como vemos finalmente o conselho dos caçadores de sombras em
ação, o Inquisidor, o Consul... E vemos muito isso já que chegaram em Alicante
Vampiros Diurnos, Feiticeiros, lobisomens e ele... Valentim.
Porque claro, já não bastava um vampiro, um
lobisomem e um feiticeiro ainda tinha que ter o vilão principal da história
para aprontar. Valentim, agora em posse dos 3 Instrumentos Mortais – o Cálice,
a Espada, e o Espelho – coisas que ele junta e procura desde o primeiro livro,
está decidido a acabar com o mundo dos caçadores de sombra, o que é claro, gera
uma guerra. O pior em tudo isso, é que Valentim tem razão, e muita dela...
Enfim, existe uma guerra armada que desafiará os caçadores de sombra e os farão
repensar atitudes com os membros do submundo.
A diferença do livro anterior “Cidade das
Cinzas”, Cidade de Vidro é cheio de ação, mistério, soluções, derramamento
indesejado de lágrimas (dos fãs) e principalmente de reviravoltas. Ele é
absoluta e incrivelmente intenso. Finalmente descobre-se quem é Jace Wayland, desvenda-se
mistérios que cercam a história desde a primeira página, e definitivamente a
Cassandra se redime pelos dois primeiros livros e pelo 2º em especial. Sem
dúvida nenhuma, Cidade de Vidro é o melhor livro da primeira trilogia dos
Instrumentos Mortais, e não tem como não amá-lo ou não recomendá-lo.
Cidade de Vidro, para alguns é inclusive o
ponto onde a história deveria ter acabado, e eu não discordo em certo ponto
aquele era realmente o final perfeito. Mas tendo ainda 3 livros depois dele,
não posso dizer que fiquei triste com isso, se é bom tem que continuar, não é
mesmo? E garanto não tem como se arrepender pelos próximos 3 livros. A evolução
na escrita da Cassie é quase palpável (Obrigado TID!!), e isso se mostra
claramente na maneira como os personagens de TMI evoluíram.
O vampiro diurno, o garoto que nunca mais
chorou, a garotinha, a femme fatale, o garoto que só queria reconhecimento, e o
Alto feiticeiro do Brooklyn não poderiam ter sido mudados com tanta maestria, e
com tanta perfeição. Se eu pudesse agradecer a Cassie pela Saga, eu agradeceria
primeiramente por Cidade de Vidro, porque é simplesmente o divisor de águas.
Ele é tão intenso e tão cheio de informações, que fica até difícil falar sobre.
Sem contar que deixa uma sensação de que você ainda não viu tudo que há no
livro.
Em Cidade de Vidro, tudo o que já existe em
Instrumentos Mortais, família, amor, amizade, é simplesmente intensificado, e
melhorado. Não tem como não amar isso. Não tem como não amar a relação Parabatai do Jace e do Alec sendo
finalmente valorizada, a relação deles como irmãos sendo trazida a tona, tanto entre
eles como com a Isabelle. Ou a relação deles como família, já que nós temos o
núcleo familiar dos Lightwood completo agora, o que leva a novas informações e
revelações sobre os Lightwood. Simplesmente não tem como ignorar isso.
Não tem como ignorar o Simon e a Clary sendo ainda
mais amigos, mesmo brigando. E isso é realmente interessante, acho que eles
nunca brigaram de verdade antes disso tudo começar a acontecer e ali estão
eles, brigando e precisando um do outro para continuar, e sendo ainda mais
fortalecidos enquanto um time.