A série de Super-heróis mais inovadora da TV | Crítica de Legion (Primeira Temporada)
Na era em que filmes de super-heróis
estão em alta quem mais sai ganhando são os fãs do gênero. Tem adaptação para
todos os gostos, com uma veia cômica ou sombria, com universos compartilhados
ou não. Os grandes estúdios estão lançando filmes a torto e a direita, alguns
com uma qualidade espetacular e outros que deixam a desejar (cof Batman vs
Superman cof). Contudo, o gênero não está restrito apenas às telonas, ele
também tem seu lugar ao sol nas telinhas, em universo compartilhado com os
filmes da franquia (Marvel’s Agents of Shield, Daredevil, etc.) ou fazendo seu
próprio universo nas séries (Flash, Arrow, etc.).
Contudo, em um mundo onde super-heróis
estão em alta e novos filmes/séries são lançados a cada ano fica difícil trazer
algo inovador pras telas. Parecia até que tudo já foi feito e que o gênero foi
consolidado com uma visão especifica de como uma história de um super-herói deve
ser contada, tanto do ponto de vista de script
quanto do visual. Isso é, até Noah Hawley criar a série Legion do FX, baseada
nos quadrinhos de Chris Claremont e Bill Sienkieswicz.
Legion é diferente de todas as séries do
gênero que você já viu e um dos motivos principais para isso é o fato de ela
não parecer ser uma série de super-herói. É uma série mais fundamentada na
realidade, não há heróis salvando o dia em seus trajes de spandex (estou olhando pra você, Flash) ou uma preocupação e se
manter referenciando os outros projetos cinematográficos da franquia. Legion
existe como uma própria entidade, sem ter que se preocupar com o que está
acontecendo com os X-men. Isso é tão marcante que se você não perceber o logo
da Marvel no começo da série é capaz de demorar alguns episódios para perceber
que se trata de personagens que tem ligação com os quadrinhos dos X-men.