Crítica | Supernatural | 9x03 | "I Am No Angel"
SINOPSE: Ezekiel diz ao Dean (Jensen Ackles) que um grupo de anjos está
caçando Castiel (Misha Collins). Dean e Sam (Jared Padalecki) correm para
encontrar seu amigo antes que os anjos o façam. Enquanto isso, um Castiel
sem-teto está tentando encontrar o seu caminho pela cidade e se depara com
algumas surpresas inesperadas.
ESCRITORES: Brad Buckner & Eugenie Ross-Leming
Há muito tempo eu aguardava um episódio em que
desse para conhecer mais o Castiel como alguém que não é só o anjo da guarda
dos Winchester e que serve basicamente para os propósitos deles. Esperava por
um episódio que nos mostrasse Cass como um indivíduo e isso não acontece desde
The Man Who Would be King (6x20).
Houveram piadinhas sobre a inabilidade social do
Cass, como era esperado e trouxeram alivio cômico, como no momento em que ele
pergunta ao homem se ele não se cansa de urinar. Amei o fato de ele ter usado o
nome Clarence, embora ele não tenha entendido a referência (assim como Dean não
entendeu).
Porém, também houve um momento repleto de
seriedade em que deu para perceber, mais do que nunca, que ele está perdendo a
fé. A cena com a mulher na igreja foi bem elaborada e foi construída repleta de
metáforas, que eu simplesmente adoro.
Bartholomew não me pareceu um personagem muito
interessante a primeira olhada. Já estou ficando cansada dessa história de
anjos como os malvados da temporada, porque parece-me filme repetido. Eles
acham que estão fazendo isso para melhorar as coisas e colocar ordem no que
está uma bagunça e querem fazer o que puder sem se importar com as
consequências. Soa familiar? Michael, Zacariah, Rafael, Naomi...
A jogada com o Reverendo Bubby Boyle me lembrou
um pouco o modo de agir dos leviatãs, utilizando-se da televisão e propaganda a
seu favor. O Reverendo, coitado, está tão maravilhado por poder falar com um
anjo do senhor que nem percebe que o Bart não tá pra coisa boa.
Me incomodou que o Reaper tenha vigiado por
tanto tempo os Winchester para conseguir chegar até o Cass, porque eles não
conseguiam mais rastreá-lo, mas a April conseguiu achar ele como então?
Aliás, logo percebi que ela não era boa coisa.
Que tipo de mulher solteira e que mora sozinha abriga dentro de casa o
sem-teto? Esse é o tipo de coisa que acaba lhe matando. E bem, ela acabou
morrendo mesmo, mas isso não vem ao caso.
Oh, eu não disse que ele era um cara bom, ele
salvou o Castiel. Se ele fez isso ele tem que ser bom, certo? Errado. A Ruby salvou
o Sam incontáveis vezes, Metatron ajudou o Castiel. Há modo mais convincente de
se mostrar confiável do que salvar o melhor amigo do Dean?
Eu realmente quero gostar do Zeke, mas há algo
que não me deixa. É uma sensaçãozinha chata, porque, eu gostaria, pelo menos
por uma vez, que as coisas dessem certo e que o Dean não fosse se culpar
depois. Assim como ele vai ficar se culpando por um longo tempo por mandar o
Castiel embora naquela cena final.
Esse é outro motivo pelo qual não consigo
confiar no Zeke. Pensei que o esconderijo fosse seguro o suficiente já que
ninguém nunca conseguiu rastreá-los até lá, mas ele não acha que isso vá
impedir Bart. Se o esconderijo não é seguro e eles não podiam continuar com
Cass por perto, por que salvá-lo? Não é como se ele vá ficar muito seguro
andando por aí como um mendigo e totalmente indefeso.
O ultimato que o Zeke fez me deixou irritada,
porque no momento que ele o fez eu já sabia qual ia ser a escolha do Dean. Ele
sempre vai escolher o Sam, não importa em que circunstancia e isso é um fato
consumado em Supernatural. Porém, ao meu olhar o Zeke pareceu mostrar as
garras, porque ele tem um trunfo: se ele sair do corpo o Sam morre. Mas, será
que ele um dia vai fazer isso? Será que ele está mesmo o curando ou ele só
aparenta estar bem enquanto está possuído?
“I am no Angel” acaba com Dean mandando Castiel embora e se o olhar deles
não quebrou seu coração você não tem alma. Dean mentindo agora não só para uma
pessoa da família e sim duas. Espero pelo menos que ele tenha dado o telefone
do Garth, arranjado um lugar para o Cass e dado dinheiro para ele,
ao invés de jogá-lo na rua novamente.
São muitas teorias e minha cabeça anda uma
bagunça sem saber o que pensar. Só vou ficar sabendo com o decorrer dos
episódios e o desenrolar dos fatos. Aguardo ansiosamente o retorno da Charlie
em “Slumber Party” semana que vem.