Resenha | A Culpa é das Estrelas - John Green (Sem spoilers)
AUTOR: John Green
TÍTULO ORIGINAL: The Fault in our stars
EDITORA: Intrínseca
NOTA: (5/5) – Excelente
NOTA: (5/5) – Excelente
ISBN: 9788580573800
ANO: 2013
PÁGINAS: 288
ANO: 2013
PÁGINAS: 288
SINOPSE: A
culpa é das estrelas narra o romance de dois adolescentes que se conhecem (e se
apaixonam) em um Grupo de Apoio para Crianças com Câncer: Hazel, uma jovem de
dezesseis anos que sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a
metástase em seus pulmões, e Augustus Waters, de dezessete, ex-jogador de
basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma. Como Hazel, Gus é inteligente,
tem ótimo senso de humor e gosta de brincar com os clichês do mundo do câncer -
a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida
das pessoas.
Inspirador,
corajoso, irreverente e brutal, A culpa é das estrelas é a obra mais ambiciosa
e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar.
MINHA OPINIÃO
Hazel
Grace é uma jovem prestes a completar dezessete anos de idade e desde o treze
sofre com um câncer na tireoide que evoluiu para uma metástase no pulmão e faz
com que ela tenha que andar com um cilindro de oxigênio e uma cânula no nariz
para conseguir respirar.
Os
médicos estão convencidos que ela está deprimida já que passa muito tempo
pensando na morte, sendo assim ela tem que frequentar um Grupo de Apoio
liderado por Patrick, o único adulto. Segundo Hazel, a única coisa que salvava
o grupo era um menino chamado Isaac, com quem ela nunca conversava verbalmente,
apenas por meio de suspiros e que tem um câncer nos olho, que o fez perder um
olho e agora está prestes a lhe levar o outro.
Em
uma quarta-feira, Hazel está determinada a ficar em casa e assistir America’s
Next Top Model, porém, depois da insistência de sua mãe, acaba indo assim
mesmo. É nesse dia que ocorre a reviravolta da história dela: Ela conhece
Augustus Waters, um garoto com Osteosarcoma em remissão e melhor amigo de
Isaac, por quem ela não consegue evitar se apaixonar.
Em
um aspecto eles dois são muito diferentes: Augustus teme o esquecimento e está
desesperado por deixar uma marca no mundo. Hazel, por outro lado, não se
importa com isso, ela acha que é uma bomba-relógio e que quanto menos pessoas
ela machucar quando explodir, melhor. Além disso, ela vê o esquecimento como
inevitável para todos.
– Vai chegar um dia – eu disse – em que todos
vamos estar mortos. Todos nós. Vai chegar um dia em que não vai sobrar nenhum
ser humano sequer para lembrar que alguém já existiu ou que nossa espécie fez
qualquer coisa no mundo. Não vai sobrar ninguém para se lembrar de Aristóteles
ou de Cleópatra, quanto mais de você. Tudo o que fizemos, construímos, pensamos
e descobrimos vai ser esquecido. (p. 19)
Ela
aprendeu essas coisas com o “terceiro melhor amigo dela”, Peter Van Houten,
que é o autor do seu livro preferido “Uma Aflição Imperial” sobre uma
menina chamada Anna que tem um tipo raro de leucemia. O grande problema é que o
livro acaba no meio de uma frase, como se Anna tivesse ficado doente demais
para escrever ou tivesse morrido. Só que isso deixa Hazel sem saber o que
aconteceu com os outros personagens da trama e ela escreve diversas cartas para
Van Houten, mas ele nunca escreve de volta.
Ele
se mudou dos EUA para a Holanda e nunca mais se ouviu dele, de qualquer livro
que ele tenha publicado ou de qualquer entrevista que ele tenha dado. Ninguém
sabe dele e uma das grandes angustias de Hazel é não saber o que acontece com a
família de Anna depois que ela morre.
Depois
de mostrar o livro ao Gus, ele arranja um jeito de entrar em contato com a
assistente de Van Houten e consegue um endereço de e-mail pelo qual Hazel pode
se comunicar com o autor, onde ele deixa claro que o único modo de ele contar o
que acontece é se eles se encontrarem pessoalmente. Depois de algumas
complicações é o que acaba acontecendo. Ela, o Gus e a mãe dela acabam viajando
para a Holanda e juntos eles vão se apaixonando e aproveitando o pequeno
infinito que a vida lhes reserva.
Eu
li esse livro pouco tempo depois que foi lançado, porque sou uma fã de John
Green e há muito acompanho Vlogbrothers, mas na época não falei com ele com
quase ninguém. A genialidade do livro falou por si só e não muito tempo depois
a internet estava cheia de citações do livro e de pessoas falando sobre ele. Na
época eu ainda não tinha um blog e mesmo depois que eu resolvi fazer um, me vi
no dilema entre fazer uma resenha ou não sobre ele. Acabei optando por fazer e
sei que nada que eu escrever vai fazer jus ao que eu li ou o que senti enquanto
passava as páginas.
Meus
pensamentos sobre o livro são estrelas que eu não consigo arrumar em
constelações. Ele
não é sobre o câncer, é sobre a vida, e ela está determinada a acabar em algum
momento. Nós todos somos efeitos colaterais e fadados ao esquecimento, a quem é
dado um determinado tempo para viver, um infinito. Porém, alguns infinitos são
maiores que outros.
John
Green é um escritor espetacular, mas sou suspeita para falar. Eu leria
até a lista de compras dele. Nenhum livro é perfeito, mas esse, tenho que
admitir, chegou muito perto. Desde o conteúdo até mesmo a capa, que é simples,
mas que encanta.
O
livro é capaz de lhe fazer rir e ao mesmo tempo lhe fazer refletir. Tem uma
dose de tristeza e doçura, tudo na medida. Você vai ficar pensando em A Culpa é
da Estrelas muito tempo depois de virar a última página.
7 comentários
Write comentáriosOtima resenha. Tambem amei o livro, comecei por acaso e nao conseguir parar de ler, mt bom
ReplyEu amei o livro e chorei muuuuuuito no final. Dá uma passadinha no meu blog www.isabellaleandra1.blogspot.com beijinhos :*
Replyvocê está de parabéns, conseguiu descrever tudo o que eu sentia lendo esse livro. Resolvi procurar algumas resenhas desse livro e tenho que admitir que essa é a melhor de todas!
ReplyDuda, tentei ao máximo descrever o que senti lendo o livro, mas ainda não acho que consegui colocar tudo em palavras. Já li várias vezes e cada vez o livro me diz coisas diferentes, detalhes que deixei passar despercebidos e me tocam de formas diferentes da primeira vez. Ainda assim, agradeço muito pelo elogio, embora ache um exagero.
ReplyQuerendo ou não toda vez isso vai acontecer, você sempre vai deixar um mínimo detalhe passar despercebido.
ReplyMas você é muito boa no que faz!!
Acredito no seu potencial, e sei que terá um grande futuro pela frente!
Obrigada :)
ReplyO que há pra não amar naquele livro?
Eu não chorei (porque eu sou uma pessoa fria e de coração de pedra), mas o livro me tocou profundamente.
Reply