[Review] Supernatural 9x23 - "Do You Believe in Miracles?" (Season Finale)
Sinopse: Dean (Jensen Ackles) sente os efeitos da
Primeira Lâmina e Metatron (ator convidado Curtis Armstrong) entra em ação
contra a humanidade. Enquanto isto, Sam (Jared Padalecki), Dean e Castiel (Misha
Collins) enfrentam as consequências chocantes quando iniciam a guerra Metatron.
Thomas J Wright dirigiu o episódio escrito por Jeremy Carver.
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Foi uma longa jornada até aqui. A nona temporada
chega ao fim e traz uma reviravolta capaz de calar a boca daqueles que
continuam repetindo que a série deveria ter terminado na quinta temporada,
porque todas as outras desde então tem sido horríveis.
Não sei do que essas
pessoas estão falando, realmente. Não vou dizer que amei todos os episódios de
sobrenatural igualmente, houveram sim alguns dos quais não gostei, mas eles não
são exclusivamente das temporadas que seguiram a quinta. Os da sétima temporada
em sua grande maioria deixaram um gostinho ruim na boca, mas a oitava temporada
foi capaz de dar uma volta por cima e a nona provou de uma vez por todas, pelo
menos para mim, que as pessoas que fazem a série de modo algum perderam o
jeito.
Fica difícil saber o que vai acontecer com o
Céu.
Os anjos, apesar de
poderem entrar e sair quando quiserem do Céu, ainda estão desprovidos das asas
e de parte de seus poderes. A solução mais obvia para o problema seria encontrar
um profeta para ler a Tábua e tentar encontrar uma saída para o problema deles.
Porém, não tenho certeza se eles vão acabar
fazendo isso mesmo, já que uma parte significativa deles não estava dando muita
importância a voltar para o céu e preferiam a vida na terra.
Como é que vai funcionar a hierarquia? Castiel
não parece estar nem em condições físicas nem psicológicas para lidar com esse
fardo. Ele já não o queria antes.
Eles são anjos e historicamente eles tem que
seguir as ordens de alguém, é como se estivesse escrito no DNA deles (anjos tem
DNA? Você entendeu o que eu quero dizer). Ditadura não deu muito certo das
últimas vezes, talvez eles devessem tentar uma democracia. Se bem que eles
elegeram Castiel como líder e não deu muito certo também.
Ainda não estou convencida que deixar Metatron
viver seja uma boa ideia. Aquela prisão não vai segurá-lo por muito tempo. Está
certo que a nova política deles implicava em não matar mais nenhum anjo, mas
tem gente que precisa mesmo morrer e não tem jeito.
A relação entre Dean e a Primeira Lâmina, e o
modo como ele reage a ela é um paralelo claro com a situação em que Sam se
encontrava no fim da quarta temporada. Sam/Dean controlados pelos seus vícios
de Sangue de Demonio/Matar perdem o controle e são obrigados a passar por um processo
de “desintoxicação”. Assim como Sam, Dean parece pensar que ele é a única
pessoa capaz de derrotar Metatron e que é seu dever fazer isso, não importa os
custos com os quais ele vai ter que arcar no final.
Nesse paralelo Crowley obtém dois papeis, o de
Castiel e o de Ruby, o primeiro já que é ele quem liberta Dean e o segundo
porque ao longo da temporada ele manipulou Dean várias vezes para conseguir o
que queria e se faz de amigo dele o tempo todo. Por mais que odeie admitir Dean
em algum lugar no meio do caminho acabou caindo nos charmes do Crowley que está
mais para amigo do que para inimigo na escala de Dean.
E como aconteceu com Sam, nada de bom resultou do
que ele fez.
Na review passada eu citei que as coisas estavam
parecendo caminhar para um desfecho parecido com o da quinta temporada e de certa
forma estava certa em achar isso. Esperava realmente que esse fosse um daqueles
desfechos em que os arcos se fecham os vilões morrem e os Winchester tem que se
preocupar com outras coisas, geralmente com as consequências de seus atos. Mais
ou menos o que aconteceu na Segunda e Sétima temporada, mesmo que eles tenham
soltado demônios no mundo ou ido parar no purgatório o grande vilão da
temporada estava morto.
A nona temporada mostra um final parecido e ao
mesmo tempo inusitado. Tem os elementos que todos conhecemos: um dos irmãos
morrendo e Castiel ferrado de alguma forma, mas dessa vez algo diferente e
cheio de risco é colocado na mistura.
Mesmo nos maiores extremos que a série já levou
os irmãos ouve uma linha que nunca foi cruzada. Não importa o que aconteça, com
ou sem alma, chapado em sangue de demônio ou não, possuído por anjo ou demônio,
ou seja lá o que for, os Winchester sempre continuaram em sua essência Humanos.
Fazer o Dean se tornar um demônio é uma jogada arriscada que abre um leque
enorme de possibilidades, porque estar possuído e ser um demônio são coisas
diferentes. Isso vai afetar profundamente o modo de ser dele, vai modificar sua
alma. Como Crowley mesmo disse, é um novo tipo de vida.
Mal posso esperar para assistir a próxima
temporada.
Notas
- Gadreel ganhou sua redenção finalmente. Tenho sentimentos mistos em
relação a morte dele, porém.
- É engraçado perceber que o Crowley, mesmo sendo um demônio que fez
coisas horríveis, tem um senso estranho de educação e moralidade, como quando
ele insiste no final que ele nunca mentiu para o Dean.
- Falar é mais fácil que fazer. O Sam estava dizendo que não faria o
mesmo pelo Dean e que o deixaria morrer, mas quando finalmente aconteceu ele se
recusou a aceitar.